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Polícia

04/04/2020 às 06h43

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Marquinhos

Peixoto de Azevedo / MT

Universitária denuncia tenente da Rotam por agressões em Cuiabá
Jovem alega que militar a agrediu e chamou de "vagabunda e noiada"
Universitária denuncia tenente da Rotam por agressões em Cuiabá
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Uma estudante de jornalismo denunciou que foi agredida por um policial da equipe de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) da Polícia Militar, em Cuiabá. Yanke Amorin registrou um boletim de ocorrência depois que, segundo ela, o policial invadiu a casa dela, nessa quinta-feira (2), no Bairro Nova Esperança.


A conduta do policial vai ser apurada pela Corregedoria da PM. Na denúncia, a estudante disse que estava em casa acompanhada dos irmãos e primos, alguns menores de idade, quando ele e outros policiais entraram na residência e pediram que ela saísse da casa.


Ela saiu e também retirou as crianças do local. Ela relatou que quando estava conversando do lado de fora com um dos policiais que a abordou, o tenente se aproximou e a agrediu com tapas e socos e a derrubou.


Ao cair no chão, o policial ainda a chutou, tentou enforcá-la e depois algemou a estudante, conforme o boletim. Yanke contou na delegacia que não ofereceu resistência e ainda avisou o policial que estaria com suspeita de gravidez e, de acordo com ela, o militar continuou a chutá-la e ainda disse: "tomara que perca", segundo o registro da ocorrência.


No boletim, a jovem ainda diz que o policial que a agrediu chamava ela a todo momento de “vagabunda e noiada”. A estudante foi levada algemada para a Central de Flagrantes, acompanhada do namorado.


Na delegacia, ela assinou o Termo Circunstanciado de Ocorrência e fez exame de corpo de delito. Foi liberada horas depois com a presença do advogado dela, conforme a denúncia.


Em nota, a Corregedoria da Polícia Militar informou que vai instaurar um procedimento administrativo para apurar a conduta do policial e que aguarda do Comando do Batalhão Rotam os documentos que darão início ao processo investigatório. Ela vai ser chamada para prestar depoimento.


A estudante fez um desabafo nas redes sociais dizendo que foi humilhada e que os policiais entraram na casa errada. “Estou completamente acabada com isso que aconteceu. Minha vida é só trabalhar, estudar e ficar em casa ou em programas familiares com meu noivo. Quando foi mais tarde eles descobriram que entraram na casa errada. Hoje foi um dia terrível que não desejo a ninguém, principalmente para as mulheres, e eu não irei me calar”, diz na postagem.


O namorado da vítima disse ao G1 que nesta sexta-feira (3) ele e a estudante foram chamados para conversar com o comandante da Rotam. Na próxima segunda-feira (6), vão prestar depoimento à Corregedoria da Polícia Militar.


Abaixo a nota da PM na íntegra:


Na lista de documentos estão, entre outros, o Boletim de Ocorrência (BO) gerado no atendimento do chamado do Ciosp que levou os policiais ao bairro Nova Esperança, em Cuiabá, onde a denunciante e seu irmão foram detidos e o auto de resistência à prisão em desfavor da denunciante, além do Boletim de Ocorrência por lesão corporal registrado pelo policial contra a denunciante, acompanhado de requisição de exame de corpo de delito.Informa ainda que aguarda a presença da denunciante na sede da Corregedoria para que possa formalizar denúncia e ser ouvida em depoimento.


FONTE: FOLHAMAX

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