26/05/2020 às 07h38
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Marquinhos
Peixoto de Azevedo / MT
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) críticou alguns colegas da Assembleia Legislativa por conta da, segundo ele, postura de “subordinação” em relação ao Governo do Estado.
Na avaliação do petista, esse comportamento fica nítido especialmente neste período, em razão da proximidade do processo que irá definir o comando do Legislativo para o biênio 2021/2022. A eleição acontece no dia 10 de junho e tem movimentado os bastidores da Casa.
“Confesso que nas últimas semanas tenho refletido muito sobre o comportamento da Assembleia em relação ao Governo. Sobre a ideia de uma Casa mais independente, uma relação mais altiva, sem essa relação subordinada que a Assembleia, infelizmente, tem hoje”, disse Lúdio, em entrevista ao MidiaNews.
“A impressão que passa é que os deputados que têm interesse na Mesa Diretora fazem questão de demonstrar subordinação para, supostamente, ganhar a confiança do governador”, acrescentou.
Apesar de o discurso de ambos os Poderes ser no sentido de que não há qualquer interferência do Executivo nos processos de eleição da Mesa, historicamente, a maior parte dos eleitos tem um relacionamento próximo e de certa parceria com o Governo do Estado.
O próprio Executivo aposta nisso para não ter dificuldades na aprovação de matérias enviadas à Casa de Leis.
Hoje, figuram como principais nomes na disputa o próprio presidente Eduardo Botelho (DEM), que deve ir à reeleição, e os deputados Janaina Riva (MDB) e Max Russi (PSB), que lutam pela primeira-secretaria. Cargo este responsável pelo ordenamento de despesas da Casa.
Questionado sobre a possibilidade de pleitear uma disputa, o deputado disse que isso não está no radar no momento.
“Por ser oposição e por sermos uma bancada reduzida, não sei se o caminho, à princípio, seria entrar na disputa. Mas defendo abrir esse diálogo com o conjunto dos deputados, para termos uma Mesa que construa outra relação com o Governo. Essa é uma tarefa que tenho avaliado e me proponho a fazer”, afirmou.
O deputado disse, ainda, que o mais importante no processo de discussão, em sua visão, é fazer um debate sobre o papel de independência do Legislativo.
“Todos estão sujeitos a acertar e errar. Um dos papeis dos deputados é corrigir erros que o governo comete. Então, quando a Assembleia é submissa, subordinada, deixa de cumprir um papel importante para o Estado, que é o de corrigir os erros do governador”, afirmou.
“Por isso, digo que para mim o mais importante é provocar esse debate e essa reflexão entre os deputados”, completou.
FONTE: MIDIANEWS
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