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Durante a pandemia da Covid-19, a rixa entre o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) ficou mais acentuada e as brigas, antes no campo político, chegaram ao Judiciário. De um lado, Mauro acusa Emanuel de não gerir corretamente recursos da saúde, por outro, Emanuel rebate dizendo que o democrata está politizando a pandemia e a Capital estaria pagando pela falta de estrutura na saúde do interior.

A crise protagonizada pelos gestores preocupou deputados e colegas que tentaram mediar um acordo, mas a troca de farpas continuou. A falta de diálogo é considerada um dos maiores problemas na crise, segundo a deputada Janaína Riva (MDB), correligionária de Emanuel e que foi peça importante na base de Mauro na Assembleia.

“Acho difícil essa relação mudar, eles têm dificuldade de diálogo, não vejo como mudar agora e nem pós-eleição”, disse a emedebista ao .

Emanuel deve concorrer à reeleição em Cuiabá e, apesar da pandemia, tem sido bem avaliado em vários segmentos. Em meio à crise de saúde, o prefeito foi denunciado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), na Procuradoria-Geral da República, quanto à destinação de R$ 41 milhões em recursos para o combate a Covid-19.

Segundo o prefeito, a gestão não teria se furtado a prestar esclarecimentos e teria devolvido o recurso à União, alegou ainda se tratar de perseguição política e ameaçou processar o governador por espalhar notícias falsas.

Em junho, quando o sistema de saúde dava sinais de colapso, com ocupação de hospitais acima de 95%, Mauro e Emanuel continuavam trocando farpas. Uma reunião chegou a ser articulada pelo filho do prefeito, o deputado federal Emanuelzinho (PTB). A partir da conversa, ambos amenizaram os ânimos, mas logo voltaram as trocas de acusações.

“Tentamos de todas as formas mediar, o DEM atuou por meio do deputado Eduardo Botelho, mas eles são como água e óleo, não conseguem trabalhar juntos, é uma dificuldade que não tem como tapar os olhos”, avalia a deputada que é líder do Bloco Resistência Democrática, formado por 10 parlamentares na AL.

FONTE: RDNEWS