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A debandada de prefeitos dos partidos ligados à candidatura de Nilson Leitão ao Senado tem tirado o sono da cúpula da campanha tucana. Prefeitos do PSDB e DEM declararam apoio ao Senador e candidato à reeleição Carlos Fávaro (PSD). O motivo é o sentimento geral de que a campanha de Leitão já está em declínio, enquanto a candidatura de Fávaro ganha cada vez mais musculatura.

Apenas nesta semana, entraram na lista os prefeitos de Nobres, Leocir Hanel (PSDB) e de Nova Olímpia, José Elpídio de Moraes Cavalcante (DEM). Eles se somam a nomes de outros partidos que não fazem parte da coligação de Fávaro e nem da de Leitão e, descontentes com os candidatos de suas siglas, também preferiram Fávaro em detrimento do tucano, como Eduardo Capistrano (PDT), prefeito de Diamantino, e o próprio Zé Carlos do Pátio (SD), prefeito de Rondonópolis. 

Nos bastidores, o perfil do senador Fávaro é avaliado como alguém que representa o equilíbrio entre a chamada ‘nova política’, por estar na vida pública há apenas seis anos, e a experiência necessária para uma posição da envergadura do Senado. Um membro da coordenação da campanha avalia que “a população tem um sentimento geral de necessidade de renovação, mas ninguém fica muito à vontade de colocar logo no Senado alguém meio aventureiro, que não conhece a política e que pode atrapalhar Mato Grosso por não saber se relacionar ou mesmo não entender bem o funcionamento do Congresso. Senado não é brincadeira, não dá para arriscar. Já o Nilson tem experiência, mas é associado à velha política”.

A questão do partido de Leitão, o PSDB, ser o partido de João Dória, adversário declarado do presidente Jair Bolsonaro, é outro ponto que pesa na decisão dos apoiadores. Embora o candidato sempre faça questão de se declarar amigo do presidente, as imagens de sua proximidade com Dória são contundentes, assim como as notícias que relacionam sua atuação no passado a casos de corrupção, o que gera receio de que ele não tenha o mesmo trânsito que Fávaro conseguiu tanto junto aos demais senadores quanto junto ao Governo Federal e aos ministérios.

FONTE: FOLHAMAX