11/05/2021 às 06h26
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Marquinhos
Peixoto de Azevedo / MT
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que existe "algo estranho" na Prefeitura de Cuiabá e defendeu investigações contra a corrupção em quaisquer instâncias públicas.
Nesta segunda-feira (10), Mendes refutou ilações de que teria influência sobre operações da Polícia Civil, como a Sinal Vermelho, que culminou no afatamento judicial do então secretário da Semob.
“A Polícia Civil, como o Ministério Público, têm que atuar onde há corrupção. Se está havendo corrupção em qualquer lugar, qualquer Prefeitura, tem que investigar”, disse, durante entrega da ampliação da Escola Estadual Hermelinda de Figueiredo, no Coophema, em Cuiabá,
“Agora, me parece que na Prefeitura de Cuiabá tem algo estranho, né? Cinco secretários afastados por corrupção. Está errada a Deccor? Está errado o Ministério Público? Ou está errada alguma coisa lá dentro? Isso que é a pergunta que tem que estar no ar”, emendou.
Segundo o governador, caso haja suspeitas de quaisquer ilícitos - mesmo em sua gestão - é para investigar “doa a quem doer”.
“Eu espero que a Deccor, o Ministério Público Estadual, Federal, que o Tribunal de Contas façam o seu papel, doa a quem doer”, afirmou o governador.
“Inclusive, se tiver dentro do meu mandato, dentro da nossa administração, qualquer ato errado, pague. Pau no lombo! Eu nunca pedi, nunca mandei [cometer ilegalidades]. Então, tenho a tranquilidade de dizer isso”.
“Nunca ninguém vai dizer, ‘Ah, estou fazendo isso aqui porque governador Mauro Mendes pediu’. Diferente de outros lugares, por aí, que existem notícias de corrupção que envolve muita gente”, emendou.
Exonerações
Mendes se referiu a cinco secretários afastados da Prefeitura. O último, exonerado na semana passada, foi o secretário de Mobilidade Urbana Antenor Figueiredo, alvo da Operação Sinal Vermelho, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
O primeiro caso de afastamento ocorreu em 2018, quando o então secretário de Saúde Huark Douglas foi alvo da Operação Sangria. Ele foi preso sob a acusação de desviar dinheiro por meio de contratos firmados pela Pasta.
Na primeira fase da Operação Overlap, em junho de 2020, também foi alvo o então secretário de Educação, Alex Vieira Passos, que foi afastado do cargo.
Já na segunda fase, em setembro daquele ano, foi afastado o então procurador-geral do Município, Marcus Brito.
Em outubro de 2020, o secretário de Saúde Luiz Antonio Possas de Carvalho, alvo da Operação Overpriced, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
FONTE: MIDIANEWS
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